sexta-feira, 22 de junho de 2007

Esses são os pensamentos

These r the thoughts, música de Alanis Morissette

Esses são os pensamentos que passam pela minha cabeça
No meu quintal, em uma tarde de domingo,
Quando eu tenho a casa só pra mim,
E nao estou gastando toda minha energia brigando com meu namorado

É ele a pessoa com quem vou casar?
Por que é tão difícil ser objetiva sobre eu mesma?
Por que me sinto tão sozinha?
Esperam mesmo que eu viva nessa cidade louca?
Será que a tradição de negar a vida, que é continuada cegamente,
Regurgitada e induzida pelo medo, pode ser vencida?

Para onde vai o dinheiro que mando
Para aqueles que estão em necessidade?
Se nós temos tanto, por que algumas pessoas não têm nada ainda?
Por que me sinto fora de mim quando acordo de manhã?
Por que você diz ser espiritual, se você trata pessoas como merda?

Como você pode dizer que está perto de Deus
Se você fala pelas minhas costas,
Como se eu não fosse parte de você?
Por que falo que estou bem quando é óbvio que não estou?
Por que é tão difícil te dizer o que quero?
Por que você não pode simplesmente ler minha mente?

Por que tenho medo de que quanto mais quieta eu ficar menos você vai me ouvir?
Por que me importo se você realmente gosta ou não de mim?
Por que é tão difícil pra mim ficar brava?
Por que é tão trabalhoso ficar consciente e tão fácil se deixar levar,
E não o contrário?

Será que voltarei a me mudar para o Canadá?
Posso estar com um amante com quem eu sou uma aprendiz e uma mestra?
Por que sou encorajada a me calar quando chego perto de casa?
Por que não consigo viver o momento?

terça-feira, 12 de junho de 2007

Minha vida depois do pensar

Existem momentos em que cada movimento é definitivo e irreversível. Esses momentos são o começo de novas eras em nossas vidas. Sinto que estou passando por um dos decisivos estágios que definirá todo o resto da minha vida a partir dele. Esse talvez seja o principal entre todos. São tantas dúvidas e incertezas, tanta multiplicidade de resultados insatisfatórios...

Transito entre ideais há tempos traçados e falta de novas perspectivas, pensamentos há tempos mentalizados e contradição de opiniões. Sempre almejei o anarquismo. Agora que o tenho bem aqui, me debato por não conseguir me tirar dele. Ou seria tirar ele de mim? Eu não sei...

Minha cabeça não pára nunca. Me cansa esse exercício do pensar e não encontrar nada além de escombros e estátuas. As coisas não são mais como antes, não tenho mais a energia e disposição que sempre tive, não encontro mais as razões que sempre justificaram meus atos, não sinto mais o prazer que sempre senti em defender minhas causas e dissecar meus pensamentos. Agora, tudo é passageiro e insignificante. Tanto faz se vai chover hoje, se vou perder meu emprego ou se vou morrer amanhã. Não me sinto mais parte de nada disso. Sinto que estou além. Só não sei onde estou. Isso pode soar muito adolescente e imaturo. Eu não sei, não sei mais definir as coisas. O que sei é que estou cansada de todos esses movimentos de altos e baixos, de caminhar sem querer ir para lugar algum, de nunca conquistar algo de verdade, de sempre depender de coisas e pessoas alheias à minha situação, de ter que levar minha vida com o que tenho.

Quero que esse momento acabe logo. Não suporto mais acordar e dar de cara com a minha vida.