estar próximo de si e continuar ali,
apenas próximo.
não ir além, nem retroceder,
apenas ficar,
permanecer distante do que se é,
de onde se está.
de soslaio olhar para si,
sem interessar-se pelo o que vê,
apenas para conferir se a distância ainda é a mesma.
sábado, 7 de novembro de 2009
quinta-feira, 21 de maio de 2009
um pedido
de novo aqui
o coração num esmago
será que farás de novo?
vais e volta?
volta em cacos, sobras do doentio?
de novo aqui
a mente relembra cenas não vistas
monta, desmonta, remonta
mercúrio questiona e estimula
invariável inquietação do pensar
de novo lá
sozinho diante de si
seja o que for,
cuide de nós
o coração num esmago
será que farás de novo?
vais e volta?
volta em cacos, sobras do doentio?
de novo aqui
a mente relembra cenas não vistas
monta, desmonta, remonta
mercúrio questiona e estimula
invariável inquietação do pensar
de novo lá
sozinho diante de si
seja o que for,
cuide de nós
terça-feira, 24 de março de 2009
microcontos: sobre seres escuros
fiz um vudu com meu sangue. vou colocá-lo no alto da estante. espero que ele caia.
ele diz que em minha pele preta o preto não combina.
sentado sobre mim com os cabelos compridos caindo no meu rosto, sua silhueta se parece com a de uma mulher. o pau pulsante dentro de mim não me deixa enganar.
vou sequestrá, estuprá-la com meus dedos, arrancar seus seios fartos e depois chupá-los. em seguida, vou afogá-la com seu sangue. espero que ela morra.
ele olha para mim com um olhar cúmplice e diz que começará a andar com os dentes à mostra, assim será visto. eu sorrio.
será que ela gemia? com certeza. elas são pagas para isso.
surpreendi um estupro. me ofereci em troca da criança. o estuprador não quis e continuou a fuder a pequena. senti inveja.
uma prostituta foi encontrada morta num quarto de hotel. morreu engasgada.
em dias de tempestade, brinco de roleta-russa com os raios: subo em cada árvore que vejo e espero.
na falta de lubrificação, ele escarrou na minha buceta. achei nojento, mas trepei mesmo assim. 40 reais são 40 reais.
o bebê não parava de chorar. joguei ele no chão. ele parou.
ele diz que em minha pele preta o preto não combina.
sentado sobre mim com os cabelos compridos caindo no meu rosto, sua silhueta se parece com a de uma mulher. o pau pulsante dentro de mim não me deixa enganar.
vou sequestrá, estuprá-la com meus dedos, arrancar seus seios fartos e depois chupá-los. em seguida, vou afogá-la com seu sangue. espero que ela morra.
ele olha para mim com um olhar cúmplice e diz que começará a andar com os dentes à mostra, assim será visto. eu sorrio.
será que ela gemia? com certeza. elas são pagas para isso.
surpreendi um estupro. me ofereci em troca da criança. o estuprador não quis e continuou a fuder a pequena. senti inveja.
uma prostituta foi encontrada morta num quarto de hotel. morreu engasgada.
em dias de tempestade, brinco de roleta-russa com os raios: subo em cada árvore que vejo e espero.
na falta de lubrificação, ele escarrou na minha buceta. achei nojento, mas trepei mesmo assim. 40 reais são 40 reais.
o bebê não parava de chorar. joguei ele no chão. ele parou.
domingo, 8 de março de 2009
da série você e sua puta: masoquismo
do teu erro faço o meu
me rasgo em pensamentos doentios
mente fértil que imagina e realiza o perverso
da tua fraqueza faço a minha
me estupro usando o mesmo corpo que usastes
um prazer insano que me satisfaz o momento
sou uma pervertida antes enrustida
agora liberta
solta
me rasgo em pensamentos doentios
mente fértil que imagina e realiza o perverso
da tua fraqueza faço a minha
me estupro usando o mesmo corpo que usastes
um prazer insano que me satisfaz o momento
sou uma pervertida antes enrustida
agora liberta
solta
domingo, 7 de dezembro de 2008
da série você e sua puta: dormidas
acordo
de uma extremidade a outra rolo
uma cama que não é a minha
e que agora haverá de ser
o colchão que me surra
com sua falta de maciez
ou maciez excessiva
é o meu disciplinador
penso no que fazer do dia
nada me vem
ou vem e logo se vai
conjecturas que não ganham vida
da energia que me sobra
levanto não me lavo nem como
o virtualismo me chama
me recluso até o sono me encontrar
deito
penso
choro
durmo
você dorme com sua puta
eu durmo com minha mãe
acordo
de uma extremidade a outra rolo
uma cama que não é a minha
e que agora haverá de ser
o colchão que me surra
com sua falta de maciez
ou maciez excessiva
é o meu disciplinador
penso no que fazer do dia
nada me vem
ou vem e logo se vai
conjecturas que não ganham vida
da energia que me sobra
levanto não me lavo nem como
o virtualismo me chama
me recluso até o sono me encontrar
deito
penso
choro
durmo
você dorme com sua puta
eu durmo com minha mãe
acordo
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
o mundo em seu destino, e eu aqui, causando o caos
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domingo, 5 de outubro de 2008
vocalizes nocivos
uma tessitura
n oitavas
na face gritante o esforço
gestos de impulso, olhos crispados
a boca em seu auge
o som? o da minha garganta sendo destruída
n oitavas
na face gritante o esforço
gestos de impulso, olhos crispados
a boca em seu auge
o som? o da minha garganta sendo destruída
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
manicômio de sãos
indignado ser, que grita e sapateia
sobre estandartes um dia erguidos veementes...
baixai a tua bola, calai a tua boca
deixai os lunáticos dançarem nus em plena praça
o que foi, não volta
o que está aqui, não muda
sobre estandartes um dia erguidos veementes...
baixai a tua bola, calai a tua boca
deixai os lunáticos dançarem nus em plena praça
o que foi, não volta
o que está aqui, não muda
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Resposta ao invisível
Saí às 7:15 de casa. O vô me deu carona até o centro.
Eu me sinto amada. A fase em que duvidei do teu amor por mim já passou há muito tempo. Minhas dúvidas agora são outras.
Pena tu não ter me encontrado hoje. Também acordei querendo te ver. E passei o dia todo ontem querendo te ver.
Esperei por ti. Tu não veio. Te procurei. Não te achei. Resolvi me misturar aos estranhos numa sala de cinema. Saí no meio do filme.
Simplesmente não conseguia ler, nem entender, nem enxergar nada nem ninguém. Tua imagem ocupava a minha mente.
Nos vemos daqui a pouco.
Eu me sinto amada. A fase em que duvidei do teu amor por mim já passou há muito tempo. Minhas dúvidas agora são outras.
Pena tu não ter me encontrado hoje. Também acordei querendo te ver. E passei o dia todo ontem querendo te ver.
Esperei por ti. Tu não veio. Te procurei. Não te achei. Resolvi me misturar aos estranhos numa sala de cinema. Saí no meio do filme.
Simplesmente não conseguia ler, nem entender, nem enxergar nada nem ninguém. Tua imagem ocupava a minha mente.
Nos vemos daqui a pouco.
sábado, 15 de março de 2008
Solucionar o inexplicável
E essa dor no peito? O que será? Esse aperto por dentro? O que deve ser? Culpa? Medo? Vergonha? Ou a mistura caótica desses e de inúmeros outros sentimentos? Resultados de misturas. Sou composta pela junção dos sentimentos que se apresentam a mim. Queria saber separá-los para, assim, analisá-los, cada qual com seu poder, cada qual com sua função, cada qual com sua essência. Não sei fazer isso. E odeio não saber. Qual será a fórmula para tal solução? Vou continuar a não saber.
(Escrito em 14/03/2008)
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