acordo
de uma extremidade a outra rolo
uma cama que não é a minha
e que agora haverá de ser
o colchão que me surra
com sua falta de maciez
ou maciez excessiva
é o meu disciplinador
penso no que fazer do dia
nada me vem
ou vem e logo se vai
conjecturas que não ganham vida
da energia que me sobra
levanto não me lavo nem como
o virtualismo me chama
me recluso até o sono me encontrar
deito
penso
choro
durmo
você dorme com sua puta
eu durmo com minha mãe
acordo
domingo, 7 de dezembro de 2008
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3 comentários:
Muito interessante o se lê e escreve por aqui. Gosto do contraste entre partes mais 'poéticas', e outras mais cruas, assim como da linguagem em geral e do encarnar-se certas personagens. :)
Êêêêê!!
Obrigada pelo comentário e pela visita também.
:)
Gosto deste tipo de finais de textos, assim brutos, em jeito de soco no estomago. :D
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