quinta-feira, 12 de abril de 2007

Bad taste

Não consigo não me desconcentrar. Não consigo não me deixar abalar pelo externo. Pelo maldito externo. Quem vocês pensam que são para tentar me definir e me enquadrar em uma categoria previsível e conveniente para a mentalidade padronizada de vocês, quando na realidade vocês estão mais perdidos do que eu? Não quero ser totalizada por pessoas que não sabem respeitar o diferente, que são tão pequenas e mesquinhas que definem o diferente como uma doença, anormalidade e até mesmo aberração. Vocês não sabem nada sobre mim, sobre minha pessoa, sobre o que se passa na minha cabeça, sobre minhas conjecturas e opiniões. E na realidade, vocês nem querem saber, pois isso iria contra o mundinho heterosexual-católico-apostólico-romano de vocês. Estou tão cansada de ser ridicularizada pela maioria. Vocês não estão nem um pouco preocupados se estão magoando ou não, se estão sendo injustos ou não, se estão respeitando os mundos externos e alheios aos seus. Isso, sim, é doença. A doença da mente. E do coração.
Nessas horas me arrependo de ser tão boa para as pessoas, de ser compreensiva, de tentar ajudar ao máximo. Eu odeio tudo isso.

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