quinta-feira, 19 de abril de 2007

O silêncio que anula

Agora que focalizei minha atenção nessa dificuldade de expansão mental e verbal que eu mesma criei, não consigo ignorar a suposta ameaça que esse imaginário bloqueio significa para mim e para o meu mundo. Queria ter a mente clara e objetiva ao ponto de conseguir racionalizar os sentimentos para depois exteriorizá-los em palavras, gestos e atos. Essa é a velha temática de sempre (o problema com as palavras), porém, agora vista de um novo prisma: o problema com as palavras e com a organização interior. É realmente difícil encontrar dentro de mim, dentro da minha cabeça os pontos a serem acessados, dissecados e depois expressos. Me dói e me cansa muito fazer essa busca pelo abstrato que invariavelmente influencia no concreto. Queria poder fechar meus olhos sobre uma folha de papel e uma caneta e, ao abri-los, me deparar com todos os meus demônios ali poetizados e desnudados. Seria como num desenho cego: inconsciente e revelador.

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois vc diz q não consegue se expressar! Então...Eu sou muda!

T amo!

Ana...Menina preguiça...:)

Sheyla Fernandes disse...

Ah, minha anônima... vc sabe como sou.
Também te amo. Muito.